Sexta Feira dia 07 de maio, O Grupo de Repertório Haia Teatral se integra com o grupo Claricear - Clarice Lispector e Psicanálise, Lenira Xavier grande impulsionadora, fez o intercâmbio e nos convidou para participar do primeiro encontro presencial do grupo neste dia 07 de maio.
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EPFCL-Natal
Ailton Siqueira e Silvia AmoedoO tema girou em torno de "O corpo em Clarice Lispector e Outros" apresentado pela Psicanalista Dra. Silvia Amoedo (Membro da Escola de Pscicanálise dos Fóruns do campo Lacaniano - Natal-RN) com a presença de Dr. Ailton Siqueira (Doutor em Ciências Sociais pela PUC/SP; Prof. adjunto do Depto de Ciências Sociais da UERN, Pesquisador do Grupo de Estudos do Pensamento Complexo (GRECOM/UFRN). E tantos outras integrantes, especialistas em pscicanálise e apaixonados por Clarice. Salve, Salve!
O encontro foi regado a vinho, alimentado por inspirações Lacanianas e Claricereanas é claro!
Fui muito bem recebida, Heloisa Tinoco presidiu o encontro com muita classe e presteza.
Heloisa Tinôco
membro da Comissão de Acolhimento e Intercâmbio (CAI)
do Fórum do Campo Lacaniano - Natal/RN
Em "Uma aprendizagem ou livro dos prazeres" Obra de Clarice Lispector, Silvia Amoedo dialoga o primeiro romance da obra com campo de seu estudo psicanalítico. Através das personagens Lóri e Ulisses, Silvia traça perfis do sujeito com o desconhecido, com o "impossível de si mesmo", com a busca do corpo em si mesmo. "Desejo do corpo do outro" (Lacan).
No romance clarecereano, os personagens experimentam o prazer da descoberta um do outro e de cada um em si, acima do prazer carnal. A realização desse desejo é justamente a busca, a procura, o desafio para além da comodidade. "O corpo é apenas pretexto para satisfazer fantasias" - Entre o "eu" e "meu corpo" há uma brecha, anterior a toda e qualquer indumentária que veste o corpo.O ser humano desde concebido, é revestido da moral, de valores que ultrapassam a vestimenta. Percebe-se um corpo como experiência da vida, da linguagem. "Eu preciso do outro para me reconhecer" (Ailton Siqueira), somos dual (daí indiví-duo) numa demanda do reconhecimento recíproco e transcendente do outro. Da obra extraímos: NÃO EXISTE PRAZER DA APRENDIZAGEM SEM ANTES HAVER UMA APRENDIZAGEM DO PRAZER.
Saí do encontro de alma lavada, entorpecida, curiosa, ávida e com sede de Clarice. (Cris Reliê)